Cheiro de esperança
Forasteiro,
retirante,
entretido com sua aguardente.
Água que arde,
Ascende,
Incendeia o corpo até de guerreiros dos campos alheios e desconhecidos.
Faço pouco demim,mas não de ti.
Entretida que estou com as minhas letras e números,
mas orgulhosa de conhecer alguns homens que sabem combater os ditos populares,a supertição e a angústia.
Mas, como viver sem nossos idolos e amores?
Seriam tão insignificantes nossas esquinas,
Se não pendurássemos nelas nossas colheitas.
Mas,os homens do mundo não levam seus feitos nas costas
São livres,
para alterar a rota quando lhes convier.
Não temem,
por estarem vazios:
de crenças, de temores, de amores e quem sabe de fé.
Remexo minhas memórias e descubro cores,
a palheta vira um caleidoscópio pronto a dar significados à tela vazia.
Recito os meus versos e dos outros, também.
Encontro as letras, a música e novos coloridos.
Saio do esconderijo , sinto o doce aroma do amanhã .
Com cheiro de esperança.
Silvia B.